Memórias Resistentes Memórias Residentes é uma publicação da Coordenação do Direito à Memória e à Verdade da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos em parceira com o Memorial da Resistência.
A publicação tem a coordenação de Carla Borges e Clara Castellano, com textos de Gonzalo Conte (Memoria Abierta, Buenos Aires) e Renato Cymbalista, entre outros autores. O design gráfico é de Luiz Felipe Abbud.
Após décadas de silêncio, nos últimos anos as práticas de memorialização da Ditadura passaram por um grade avanço. Foi estratégica para isso a criação da Coordenação do Dirreito à Memória e à Verdade na Secretaria Municipal dos Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, que transformou em políticas públicas as diretrizes da Comissão Nacional da Anistia. Foram realizadas ações como o programa Ruas da Memória, destinado à reflexão em torno de ruas batizadas em homenagem a pessoas que cometeram violações graves de direitos humanos no período autoritário. A publicação Memórias Resistentes, Memórias Residentes é uma das ações nesse sentido.
A publicação Memórias Resistentes Memórias Residentes realiza mapeamentos e representações dos principais lugares relacionados à memória da Ditadura na cidade de São Paulo. Foram mapeados os sítios ligados à repressão, e também à resistência.
Na publicação relatam-se e reconstituem-se, entre outros, lugares relacionados à repressão, tortura e morte, como o Memorial de Resistência (antiga sede do DEOPS); a casa da Chacina da Lapa; a Auditoria da Justiça Militar, atualmente sendo convertida no Memorial da Luta pela Justiça; o Presídio Tiradentes; o Cemitério de Perus; a Alameda Casa Branca, onde foi morto Carlos Marighella. Foram mapeados também lugares relacionados à resistência, como a Casa do Povo, o Centro Pastoral Vergueiro, a Livraria Duas Cidades, lugares de encontro e sociabilidade.