#Ocupa_monumento

(Resumo da conferência proferida no III Seminário Internacional Das Artes e Seus Territórios Sensíveis. Fortaleza, 1 a 3/12/2016)

Jaime Lauriano

Jaime Lauriano, monumento às bandeiras, 2016. A réplica do artista utiliza cartuchos de munições pela Polícia Militar, referência direta ao extermínio da juventude negra nas periferias

A apresentação analisa projetos artísticos que se apropriam do patrimônio histórico, propondo novas abordagens da memória. Serão abordadas três situações observadas em diversas cidades: ataques performáticos a monumentos, reconstruções de obras históricas consagradas e proposições de obras contramonumentais.

Entre outros casos, comentaremos: a pintura cor de rosa do Monumento às Bandeiras de Brecheret, em São Paulo (30 de setembro de 2016), o mural Independência ou Morte – O Povo, de Bruno Moreschi (2016), e intervenções como Memória da amnésia (2015/2016), de minha autoria, e as imperceptíveis Stolpersteine (Pedras de tropeço) (1996 – ) do artista Gunter Demnig, espalhadas em várias cidades da Alemanha.

Com base nessas considerações, discutiremos os modos pelos quais a arte, ao tensionar as relações do passado com o presente, reivindica o direito à memória e participa dos processos contemporâneos de ocupação do espaço público.