Arte, espaço público e territórios informacionais: rumo à arquinterface foi a palestra de abertura do Seminário “Cidades de Utopias Contraditória”, realizado pela Urban Media Art Academy. A palestra foi ministrada por Giselle Beiguelman.
A arquinterface
Tomando como ponto de partida que as cidades, expandidas pelas tecnologias digitais, são cada vez mais redes complexas que emaranham dados de distintas procedências, Beiguelman propôs discutir: como explorar relações arquitetônicas com ambientes ricos em dados? De que forma a dadosfera podem apontar para a construção de experiências urbanas mais ricas? É possÃvel orientar mediação dos dados para novos formatos de exercÃcio da cidadania e compreensão do espaço público?
Para tanto, apresentou uma série de projetos que, ao desconstruir modelos de vigilância e arriscar propostas para emergências urbanas, repropõem, pela arte, a cidade como a interface privilegiada da contemporaneidade (a arquinterface). Com base nessas questões, defende que a contribuição da media arte no espaço público é deslocar a discussão da ideia de “smart cities” para a de smart citizens”.